sábado, 18 de fevereiro de 2017

🎃 RESENHA - CONTÉM SPOILER ðŸŽƒ


Ker Dukey & K. Webster - Série Pretty Stolen Dolls 

🎃Por Viviane de Avalon🎃


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Olá amores meus, como estão?

Hoje o meu post será diferente... Diferente por qual motivo? Por que resolvi falar sobre um livro que li e me fez questionar até aonde a mente humana pode ir, expondo uma tormenta de sentimentos... Raiva, ódio, humilhação, dor, amor, prazer, redenção e paixão em uma única série Dark.

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Isso mesmo! Você leu certo e não perdeu nenhuma letra ou palavra que pudesse te enganar. Muitas pessoas tem preconceito com livros dark, considerando-os fortes, intensos e profundos demais, sem ao menos os lerem. Posso dizer que livro dark é um relato da vida real, experiências que realmente aconteceram com uma pessoa e a mudou para sempre, quer seja para melhor, quer seja para pior.

Estória dark não é apenas sobre sofrimento físico, emocional ou espiritual, mas sim, um relato sobre o que a pessoa passou para crescer – todos evoluem de alguma forma, inclusive os mentores dessas ações. Mas, voltando ao livro, começo a discorrer pelas duas capas... O que foram estas capas? As fotos não tem cor, não tem um fundo alegre, por aí você já começa a sentir como essa estória mexerá com o seu coração e principalmente, com o seu cérebro e como foi extremamente bem construída e desenvolvida.

A primeira foto do primeiro livro mostra uma menina sentada, com um olhar vazio, as pernas cruzadas e uma janela pequena com grades, permitindo a luz do sol passar. Não posso dizer logo de cara que ela está quebrada totalmente, mas uma parte dela, já se perdeu e precisará de muito amor, paciência e compreensão para recuperá-la. Viu? Nada é perdido para sempre, tudo volta no tempo e momento certo. Já a segunda capa, mostra um homem com o rosto sujo de foligem, com mãos cobrindo a sua face – pode ser as dele ou a da vítima, ainda não consegui definir. O olhar dele é o que causa medo. É um olhar predatório, vazio, desprovido de qualquer emoção, causando arrepios em quem estivesse sob o seu foco.

Miss Polly had a dolly who was sick, sick, sick.
So she phoned for the doctor to come quick, quick, quick.
The doctor came with his bag and his hat,
And knocked at the door with a rat-a-tat-tat.

He looked at the dolly and shook his head,
And said "Miss Polly put her straight to bed.
He wrote a paper for a pill, pill, pill.
I'll be back in the morning with the bill, bill, bill.

A senhorita Polly tinha uma bonequinha que estava doente, doente, doente. 
Então, ela telefonou para o médico vir rápido, rápido, rápido. 
O doutor veio, trazendo sua bolsa e seu chapéu.
E bateu em sua porta com um rat-a-tat-tat. 

Ele olhou para a bonequinha e sacudiu a cabeça...
E disse: 'A senhorita Polly a colocou na cama.'
Ele prescreveu um pílula, pílula, pílula.
Estarei de volta na parte da manhã com a conta, conta, conta.

Só de olhar para a capa, eu já senti que a história seria intensa e não me decepcionei.
Os personagens foram extremamente bem trabalhados, conseguindo expor os motivos que os levaram a serem daquele jeito, mudando-os e moldando-os para sempre. Neste livro Dark não foi diferente.

Jade foi sequestrada junto com a sua irmã, Macy, em um mercado pelo artesão Benny – filho do chefe da polícia, Stanton, quando eram crianças e passaram boa parte de sua vida em cativeiro. Benny, quando as sequestrou, viu a sua irmã, Bethany, refletida em Jade, pois elas eram muito parecidas.

Como estava condoído de saudade de sua irmã, resolveu levá-la e a considerava a sua bonequinha perfeita. Já a irmã de Jade, Macy, era taxada de a bonequinha quebrada, não tendo tanto valor ou beleza. Elas cresceram, mudaram e se transformaram sob o olhar atento de Benny.

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Benny, que viu o seu pai estuprar, matar e enterrar inúmeras garotas, era filho de pais psicopatas e neto de um homem tão ardil quanto o seu pai. Crescer em um ambiente assim causa estragos profundos no caráter da pessoa, permitindo ou não, que a vítima seja recuperada. E não se engane, por mais que ele tenha as sequestrado, estuprado Jade e a consumindo com o prazer que oferecia, tocando o seu corpo, espancando-as, ferindo e destruindo Macy, ele foi uma vítima.

Você pode me questionar e falar: Mas Viviane, isso foi errado! Não foi uma vítima! A pessoa tem escolhas na vida, podendo ser ruim ou não. Porque ele não procurou ajuda? E eu irei te responder: Errado, ele realmente estava. Mas foi uma vítima sim. Qual escolha ele tinha por ter sido criado daquela forma e como poderia mudar, se ele sofria de transtorno de personalidade? Ele era doente mental, com desvio severos de valores, necessitando de auxílio e não teve nenhum.

 A estória desenrola a partir deste ponto. As autoras, Ker Durkey e K. Webster souberam trabalhar este personagem controverso de uma maneira maravilhosa, e era necessário o segundo livro para nos auxiliar a entender o motivo dele ser assim e como foi o seu ponto de ruptura quando Jade conseguiu fugir.

Jade custou a se libertar das garras de Benny, mas não conseguiu carregar sua irmã, deixando-a para trás e sob os mandos e desmandos de seu captor. A partir daí, ela consegue se reerguer, retornando a escola, se formando, entrando na polícia, conhecendo Dillon – que tem um papel de suma importância para auxiliá-la a se curar, e Bo, o seu primeiro namorado, amante e o homem que a auxiliou a canalizar todos os sentimentos e pensamentos ruins que a rondavam.

Mas, mesmo com um namorado fantástico, amoroso, atencioso, paciente e prestativo, Jade não se sentia segura com ele. Conforme o tempo passou, ela percebeu que não o amava como homem e terminou depois de pressioná-lo e descobrir que ele a tinha traído com uma colega de trabalho. A justificativa para tal ato? Ela trabalhava demais com certo detetive, e esse certo detetive, atendia pelo nome de Dillon.

Dillon oferece a ela os mesmos sentimentos de Bo, mas com um diferencial: Ele a faz se sentir segura. Segura de que Benny não irá pegá-la, e caso a pegue, ele irá salvá-la. E ele consegue. O envolvimento deles começa devagar, suave e intenso, quando se encontram na academia de polícia, mas o amor só irá surgir quando ela utilizá-lo para dar um chega pra lá em Bo e quando Benny conseguir sequestrá-la novamente. Ela ainda tem que lidar com o assassinato de seus pais e lamuriar ainda mais, quando descobre quem foi a mandante: A sua amada e quebrada irmã, Macy.

Macy não tinha escrúpulo para conseguir o que queria, nem a mente tão forte quanto a de Jade, mas que foi tão vítima quanto os outros e acabou se tornando uma marionete nas mãos de Benny. Ela estuprou e matou Bo, ajudou a sequestrar sua irmã, Jade, a viu ser estuprada novamente por Benny e no final, ela também foi estuprada por ele. E Dillon surge como um justiceiro, recuperando Jade, salvando-a.

A partir dali, eles conseguem acusar e prender o chefe Stanton, recuperam a sobrinha de Dillon, Jasmine, que tinha sido sequestrada por Macy e Jade descobre de uma maneira dolorosa, que Benny matou a sua irmã, depois dela tentar matar Jasmine. Nesse meio tempo, Jade e Benny começam a brigar, mas ela é salva por Dillon, após um tiro certeiro no ombro de seu sequestrador e depois o prendem na cela pertencente ao sofrimento de Jade.
Dillon coloca fogo na casa, com Benny preso em seu interior. E o grande desfecho é: Será que Benny morreu ou não? No meu entendimento, ele não morreu, mas está impossibilitado de tentar recuperá-la, ainda mais depois dela ter tido uma filha com Dillon, estar grávida novamente, casada e tendo o seu tão sonhado felizes para sempre

Enfim, compreenderam como é fácil amar um dark? Quando a história/estória é bem feita, ela te prende desde a capa até o final. Não existe estória ruim, o que acontece é o autor ou autora não trabalhar da maneira correta. E serei clara com vocês, Dark é um dos gêneros que tem mais proximidade com a nossa vida real, os nossos tormentos diários, além das desilusões do dia-a-dia. Vemos isso todos os dias pelas redes sociais, jornais, sites, seriados e novelas, então, por qual motivo não podemos colocar em um livro?

Dark não é apenas sofrimento ou tormento ou qualquer outra palavra que você queira utilizar para descrever este gênero tão controverso, Dark nos mostra como as experiências vividas podem mudar uma pessoa, afetando-as profundamente e modificando-as para sempre. Dark é uma mescla do mundo literário com a vida real, nua e crua, preto no branco, nos fazendo questionar tudo... E é isso que o torna tão polêmico, atrativo, renegado e controverso!

Eu recomendo esta série e a classifico com cinco estrelas de olhos fechados. Leiam dark com mente aberta, sem preconceitos e com um olhar mais crítico. Nos falta essa crítica para ler os livros, ou assistir um filme, série ou novela, pois devemos nos questionar sempre, somos movidos por perguntas e sempre procuramos por respostas.

Retiremos os véus que cobrem os nossos olhos, não nos permitindo apreciar mais de um gênero, por puro medo de descobrir o que ele mostra. Permita-se ler e apreciar outros gêneros sem moderação, continuamente aprenda algo novo e o mais importante, saiba que até mesmo uma história em preto e branco, pode ter o seu final feliz ou não.


Espero que tenham gostado de minha resenha queridos, aproveitem e comentem, me diga o que acharam, compartilhem o que aprenderam. 

Beijos de luz e fiquem com Deus meus amores.

Com amor, Viviane.

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2 comentários:

  1. Esse livro é muito louco. Muito revoltante tabem. Fiquei triste com o destino de alguns personagens. Mas é a vida né. Eu gostei mais do primeiro livro.

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    1. Concordo. Eu gostei de todos, achei impactante o desfecho para alguns personagens e mais ainda, como a mente humana pode ser perversa. Esse livro mexe com o psicológico da gente.

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